terça-feira, 22 de setembro de 2009

O encontro com meu personagem

Quarta feira 23 de Setembro de 2009, dia chuvoso e frio em toda a Grande São Paulo. Dias assim chega a dar um desanimo de trabalhar, abrir a janela do escritório e ver uma permanente nuvem cinza, alem do frio.

Eu decidi trabalhar até mais tarde e colocar o trabalho em dia, mesmo não estando inspirado para o trabalho. Rotina sem muitas alterações quando saio da empresa por volta das oito da noite, me vejo só dentre as ruas escuras de Alphaville Empresarial.

As ruas são arborizadas, o que quer dizer que a noite há imensas lacunas escuras, onde a luz dos postes não penetra tornando uma rua ainda que "bem iluminada", quase que totalmente escura. Por se tratar de uma região em sua totalidade comercial, não há muitos carros passando após as 19:00hs.

Diante do cenário me apressei ja que meu ponto de ônibus era a razoáveis 20 minutos caminhando. Sem tempo a perder no frio pós chuva percebo passos a me acompanhar, o barulho só pude perceber por se tratar de botas e os passos serem quase que como os meus, no mesmo ritmo de caminhada.

- Zek , preciso falar com você .

No momento pensei " foi um engano", não pode ser, como saberia meu nome?

- Zek não tente fugir, eu preciso e vou falar com você agora.

No momento em que me virei pude ver parte da silhueta que falava comigo, alta aproximadamente 1,83 ( estava de botas ) com um sobre tudo que encobri seu corpo, um gorro e duas tranças.

- Desculpa, não estou me lembrando de você - disse já me aproximando.

- Você não me conhece, mas me conhece muito bem.

- Não entendi.

- Eu vim cobrar uma continuidade da nossa relação, você simplesmente me abandonou, me tratou como se eu não existisse.

- Desculpa mas eu não conheço você, que relação é esta?

- Não me reconhece não é ?? nada em mim lhe parece familiar;
que tal se eu te disser onde moro, que meu mundo esta em chamar por mais de 6 meses, um total descaso seu.

- Nã.. não , não pode ser , não é possível

- É possível sim, e você sabe bem disso... é hora de dar um rumo a minha historia, preciso ter um fim, um meio , um sentido.

- Eu sei, mas era um turbilhão de idéias que eu tinha na cabeça, eu precisava parar, respirar e dar continuidade com calma, afinal eu me meti a fazer algo diferente e não queria que ficasse clichê, queria algo que tivesse minha cara, meu jeito de escrever, você não entenderia.

Por um momento sinto o chão sumir sobre meus pés, e ela não mais estava la. Era somente eu novamente, e era hora de correr para terminar a saga que comecei aí em baixo, antes que outros personagens resolvam me visitar.

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